20 de maio de 2017

Desafios dos planos de saúde

Poucas coisas têm consenso tão facilmente em qualquer roda de conversa quanto a necessidade do cuidado com a saúde. É fácil lembrar, por exemplo, de provérbios populares como “a saúde não tem preço” ou ainda “mais vale a saúde que o dinheiro”. Em comum, a importância da qualidade de vida. Não é por menos que três em cada dez brasileiros contam com planos complementares para atendimentos médicos e hospitalares. As estatísticas mostram que, atualmente, três em cada dez brasileiros contratam esse tipo de serviço. O problema é quando essa alternativa acaba se tornando um problema ainda pior, já que, somente no primeiro semestre de 2016, mais de 50 planos de saúde fecharam no país, o que representa aproximadamente 6% do total do setor. No entanto, os que superaram os cenários mais pessimistas mostram que a gestão qualificada faz a diferença.

O Sistema Único de Saúde (SUS) atende 80% da população, porém, a demora no atendimento, principalmente relacionado às especialidades, faz com que 47,9 milhões de brasileiros optem por um plano complementar.

Nos últimos cinco anos o número de seguradoras no Brasil teve uma queda brusca, passando de 1.037 para somente 800, de acordo com levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Ou seja, nesse período, de cada cinco operadoras uma encerrou as atividades. Vários fatores contribuíram para esse cenário: a crise econômica que reduziu o poder de compra da população; as demissões de funcionários que desfrutavam do benefício e, por fim, faltas administrativas nas gestões dos planos.

Assim como ocorre em várias outras áreas, é preciso planejamento para gerir os recursos dos planos de saúde com sabedoria. Em Santa Catarina um exemplo disso é a Fundação Celesc de Seguridade Social – CELOS que no Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) divulgado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) alcançou o primeiro lugar no ranking de qualidade no Estado. Já no levantamento nacional conquistou a 19ª posição.

Por fim, é evidente que as saídas para os tempos difíceis estão no respeito com o usuário, traçando objetivos reais e baseando as ações na transparência e na boa gestão.