19 de setembro de 2016

Águas de Camboriú implementa conjunto de ações de gestão de perdas de água.

Um conjunto de ações estratégicas para gestão de perdas de água passará a ser implementado a partir de outubro, em Camboriú. A recém criada Gerência de Gestão e Controle de Perdas será responsável por implantar um modelo padronizado com a missão de alcançar índices diferenciados de perdas no sistema da Águas de Camboriú.
Até a criação do grupo de trabalho, foram dois anos de pesquisas e análises para elaborar o modelo de implantação do sistema. A AEGEA Saneamento foi buscar referências em países que se destacam com excelentes desempenhos, como a Alemanha, que perde apenas 11% da água que produz.
Um dos grandes desafios de empresas de saneamento no mundo todo é controlar as perdas de água, já que este é um dos principais indicadores da eficiência de operação. Segundo estimativas do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, as taxas dos estados brasileiros variam de 76,4% (Amapá) a 27,3% (Distrito Federal).
O novo Sistema de Gestão de Controles de Perdas (GCP) está centrado em seis pilares que incluem procedimentos para toda a rede de distribuição, desde que a água sai da estação de tratamento até chegar no usuário final. Cada rede tem suas peculiaridades e o GCP conta com um guia de ação prático para as operações do dia a dia.
A pressão da água na rede, por exemplo, é uma das questões importantes para fazer o controle de perdas. Se houver um furo na rede de distribuição e a pressão estiver baixa, o vazamento será menor. Em Camboriú, fornecedores e colaboradores estão sendo qualificados e treinados sobre o funcionamento da nova ferramenta.
Os dados coletados em cada concessionária serão enviados ao Centro de Controle Operacional (CCO) da respectiva unidade e ao CCO do Sistema de Gestão e Controle de Perdas. Eles permitem, dessa forma, possibilidades de supervisão, análise crítica pelos técnicos e ação precisa e eficiente no uso do recurso hídrico.
Os 6 pilares do GCP:
Gestão de Pressão da Rede (GP): é o gerenciamento da pressão de água em níveis adequados
Controle Ativo de Vazamentos (CAV): ações e metodologias utilizadas para detectar vazamentos subterrâneos ocultos
Velocidade e Qualidade nos Reparos (VQR): adoção de melhores práticas para detecção e reparo dos vazamentos, evitando reincidências
Gestão de Infraestrutura (GI): baseada em dados e critérios, principalmente econômicos
Gestão de Micromedição (GM): deve ser feita sob dois aspectos – nas novas ligações e na substituição dos hidrômetros existentes no momento ideal.
Detecção e Regularização de Fraudes (DRF): fiscalização eficiente, baseada em ferramentas inteligentes, beneficiando os usuário adimplentes e a concessionária