Bebê que nasceu de mãe com H1N1 se recupera e recebe alta do Hospital Marieta.
Era para ser mais um dia de esforço médico na UTI do Hospital Marieta naquele 26 de abril de 2016. Mas um fato raro tornou a data ainda mais especial: a descoberta da gravidez de uma paciente internada com quadro confirmado de H1N1. Era a 24ª semana de gestação e coube à equipe clínica fazer a retirada do bebê para garantir sua sobrevivência e da própria mãe, já que o parto deu condições de melhora a ela, assegurando sua recuperação.

Por algumas semanas Ana Vitória ficou em isolamento, sendo alimentada com leite materno por uma sonda de três em três horas. E sob os cuidados da equipe formada por 10 médicos, nove enfermeiros, dois fisioterapeutas, uma fonoaudióloga e 35 técnicos de enfermagem, além dos mais de 20 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Até agosto deste ano, nasceram 2.240 bebês noHospital Marieta, destes 180 prematuros e 30 com menos de 1,5 quilo.
Entenda o caso
A mãe de Ana Vitória chegou num quadro respiratório agudo, bem grave do ponto de vista clínico. Após exames, foi confirmado como sendo de H1N1. A situação da paciente se agravou, evoluindo para falência dos rins e necessidade de hemodiálise. “Ela estava desnutrida por conta da gestação. Mas ninguém da família suspeitava disto. Nem ela própria, após recobrar a consciência”, disse à época o coordenador da UTI e do Serviço de Urgência e Emergência, o médico Marcos da Costa Melo e Silva. A vocação do Hospital Marieta para os serviços de alta complexidade garantiu o sucesso tanto do parto quanto da recuperação da mulher na Unidade de Terapia Intensiva.