31 de agosto de 2016

Tainan Bordignon Somensi, a mais jovem árbitra de futebol do Brasil.

A atuação das mulheres na arbitragem brasileira.
Santa Catarina tem a mais jovem árbitra de futebol do Brasil. Tainan Bordignon Somensi não é conhecida só pela idade, ela também está entre as melhores do país. Mas quais são os desafios para conduzir uma partida de um esporte que mexe com as emoções de jogadores e da torcida? Como manter o equilíbrio e o respeito em um campo que reúne paixões intensas e disputas acirradas? 
Tainan Somensi, que integra o quadro de árbitros da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, foi entrevistada pela Viva Voz na Univali FM.
Tainan comentou sobre as mudanças nas regras este ano. O primeiro passe não precisa mais ser para frente e nas faltas (questão disciplinar) o árbitro não precisa mais expulsar o jogador quando é o último homem. Ela falou também da interpretação de “mão na bola ou bola na mão”, que sempre gera polêmica, principalmente dentro da área e juiz dá pênalti. Perguntada sobre o time do coração ela, foi categórica: “Meu time é a arbitragem!” e deixou claro que camisa não pesa, independente dos times que estão em campo é “A contra B ou preto contra branco”.
Com apenas 21 anos, Tainan já está no quadro CBF. Apesar de jovem já é uma conquista e tanto. Como qualquer outro árbitro, ela tem pretensões de chegar ao quadro Internacional da FIFA, mas vive com os pés no chão e curte cada momento. A adrenalina de apitar jogos é especial, sua primeira expulsão foi marcante e ela contou também. Hoje é tranquila e almeja um dia, junto com as árbitras, estar escalada para um jogo de serie A do campeonato brasileiro. Detalhe, ela não apita futebol feminino.
Tainan disse que nunca sofreu preconceito e ainda falou que acha uma bobagem considerar o futebol um esporte masculino. O que está impedindo as mulheres de terem mais espaço na arbitragem do futebol masculino é a questão física. Todos os árbitros precisam estar bem fisicamente. Na opinião da jovem árbitra, a questão política atrapalha um pouco e a repercussão de um erro feminino ainda é relevante. Tainan tem como ídolos Héber Roberto Lopes (ábitro), Nadine Camara Bastos (assistente) e Sandro Meira Ricci (árbitro), todos da Federação Catarinense de Futebol. Como referência, Sílvia Regina (árbitra central), única mulher que apitou um jogo na serie A.
Mas Tainan acredita que uma mulher apitando a Série D, chegando a C, B elas ganhariam destaque e espaço fazendo um bom trabalho. É questão de tempo e oportunidade para começarmos a ver mulheres no Brasileirão da série A.
VIVA VOZ NA UNIVALI FM
Jornalista responsável: Liza Lopes Corrêa

Acadêmicos de Jornalismo da Univali: Aline Amanda , Caetano de Oliveira Menezes, Juny Hugen, Lucas Rosa, Rachel Schneider, Vanusa Schatt.