Um conjunto de ações estruturais e gerenciais está sendo desenvolvido pela Águas de Camboriú com o objetivo de reduzir perdas e fazer com que a água chegue aos pontos mais críticos do município. Entre as ações previstas pelo projeto estão a setorização, a automação de equipamentos, a instalação de pontos de controle de pressão e ações operacionais diárias para melhorias no abastecimento. Em média, o Brasil perde 37% da água produzida, volume suficiente para abastecer 120 milhões de pessoas por ano.
Orçado em R$ 613 mil, o projeto complementa outros investimentos da concessionária para potencializar o abastecimento em Camboriú. Com isso, a população terá mais água disponível no sistema, além de preservar o recurso hídrico do Rio Camboriú. O plano prevê uma consultoria de simulação hidráulica para modelagem da operação do Sistema de Abastecimento de Água de Camboriú com o objetivo de mostrar diferentes cenários operacionais e otimizar a redução da pressão na rede sem prejudicar o abastecimento. Além disso, também inclui aquisição de dataloggers - equipamentos que enviam pela internet informações da pressão em diferentes pontos da rede, permitindo o monitoramento remoto.
O projeto também prevê um novo macromedidor para o reservatório principal e aferição dos macromedidores do sistema para garantir a confiabilidade e exatidão das informações, além de troca dos hidrômetros mais antigos do sistema para redução dos erros. Nos projetos de setorização, serão realizadas alteração dos locais de alguns boosters para melhoria do abastecimento, instalação de registros e troca de alguns trechos de rede que apresentam vazamentos.
A empresa de consultoria contratada fez um levantamento minucioso do sistema de abastecimento de Camboriú, utilizando como ferramenta de apoio um software moderno chamado WaterGems. Neste programa, são inseridos todas as características da rede, consumos, perdas, bombas, reservatórios e sazonalidade de temporada. “Com isso é possível verificar todos os pontos críticos de abastecimento e propor soluções com maior eficiência e assertividade”, explica Greice Pereira, engenheira responsável pela implantação do projeto de gestão de perdas na Águas de Camboriú.
